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Uma pequena história dos 25 anos de Aikido na UnB

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Educação e Espaço. Educação e Arte Marcial – Nota de Nossos Mestres

 

Quando observamos e sentimos que uma criança ou uma pessoa é “educada”, ela cumprimenta, pede licença e agradece em todas as ocasiões. Com isso, ela também se faz respeitar pelos outros.


Em um dos comentários de Nishioka Sensei, falecido há 47 dias, em 8 de fevereiro de 2014, ele define a educação como o respeito ao espaço dos outros, também não permitindo que seu espaço seja invadido.


Isso ocorre com o treinamento contínuo, onde o corpo, a mente e o espírito desenvolvem a percepção do momento e da situação. Aprende-se a conhecer o espaço que ocupamos e o espaço em que nos encontramos.


Nesse espaço, se apreende o que ocorre com os sentimentos e emoções dos que nele se encontram. Seja aquele sentimento de perigo, de agressão, de violência ou de compreensão, amizade e alegria.


A execução dos movimentos fundamentais, que aprimora o espírito, permite conhecer como se comportar quando o parceiro age como “uchi-dashi”, um superior que simula um ataque e, permite que o “shi-dashi”, que defende, quando executa com perfeição, supere e domine a situação. A complexidade envolvida nesses movimentos, que exige extraordinária coordenação corporal, aliada à necessidade de se encontrar atento para reagir somente no momento adequado, com tranquilidade, velocidade, relaxado mas vigoroso, sem nenhuma ansiedade ou agressividade, é o desafio constante que se busca superar.


Por essa razão, o combate é proibido, pois como os movimentos contém uma eficiência e uma lógica estratégica poderosa, é inevitável que ocorram acidentes bastante sérios. Quando se combina, para fins de prática e estudos, como os movimentos ocorrem, há sempre condição de evitar se ferir. O desenvolvimento da percepção do outro permite o desenvolvimento da autopercepção, fazendo com que haja respeito ao espaço do outro, assim como a proteção do seu próprio espaço, permitindo harmonia na convivência entre os parceiros.


Este processo, trazido para o nosso dia a dia, seja no trabalho, nas diversões, nas convivências familiares, deve ser um dos fundamentos da educação, da socialização e da sustentabilidade da sociedade. Será que não é assim?

Nelson Takayanagi, Brasília, 25 de março de 2014 - AIZENKAI


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Aizenkai.